


PROJETO
“CIDADE E FLORESTA: UMA RELAÇÃO DELICADA”
JUSTIFICATIVA
Localizada na interface da zona urbana com a Floresta Estadual “Edmundo Navarro de Andrade”, a E.E. Profª.Heloisa Lemenhe Marasca tem presenciado as grandes transformações espaciais ocorridas na última década e que, pela interferência no equilíbrio ambiental, resultam em problemas para a cidade e para floresta.
Essa extensa área verde sofreu invasão devido à ocupação irregular para a construção de casas populares, numa área que fica próxima à escola e que é local de moradia de uma parcela dos alunos que a freqüentam. A ocupação sem planejamento provocou a degradação de uma área de nascentes que alimenta um importante córrego. Atualmente, a área se encontra poluída por esgoto e pelo depósito clandestino de lixo e, com a retirada da mata ciliar, o curso d’água está assoreado.
A área de floresta que foi retirada e deu lugar às moradias se encontra à montante dos córregos que alimentam a represa localizada na sede da Floresta (antigo Horto Florestal). Uma das conseqüências é a ampliação dos processos erosivos que provocam o assoreamento da represa e o comprometimento da vida nela existente.
Esses são exemplos de aspectos que, por fazerem parte do espaço próximo do aluno, ao serem discutidos na escola, levam o aluno a compreender conceitos, analisar dados e fatos, que, uma vez assimilados podem resultar na construção de um conhecimento aplicável na compreensão e análise de outras situações que envolvam aspectos ambientais de mesma natureza (generalização).
Considerando, ainda, que aprender exige a interação do sujeito com o objeto de conhecimento; que os conhecimentos necessários para uma aprendizagem efetiva devem ser colocados para os alunos de forma significativa e que, ao aprender, o aluno deve se apropriar do conhecimento como forma de perceber e de interferir na realidade, buscando soluções para os problemas que o afetam e que afetam sua comunidade, o projeto se desenvolverá dentro de uma visão interdisciplinar, quando as ferramentas de uma área eram utilizadas por outra para construir um novo conhecimento, e multidisciplinar, pela integração das disciplinas em torno de conteúdos e métodos, entre os quais o trabalho de campo.
OBJETIVOS
O projeto tem como objetivo central estudar e compreender os problemas ambientais urbanos e sua relação com a destruição de áreas verdes e de mananciais. Ao lado desse objetivo principal, colocam-se outros com vistas à articulação do trabalho interdisciplinar:
- o estudo da história da cidade e da implantação da área da Floresta, que se “mistura” à história da ferrovia e ao desenvolvimento da cafeicultura na região de Rio Claro e, conseqüentemente, ao processo de crescimento urbano e de transformações ambientais importantes;
- a compreensão de como se dá o equilíbrio da vida no ambiente das florestas e como ele é afetado pelas mudanças provocadas pelo homem, em busca de satisfazer suas necessidades que nem sempre são vitais;
- desenvolver a percepção dos alunos e a habilidade de traduzir sensações e impressões, resultantes da observação da realidade, por meio da oralidade, da escrita e do desenho.
CONTEÚDOS CURRICULARES E TEMÁTICAS DE ESTUDO
- Os habitantes do Brasil da colônia, império e república: quem se beneficiou do progresso e quem ficou à margem?
- O meio ambiente e a degradação ao longo do tempo em função das atividades desenvolvidas nos diferentes ciclos econômicos da história do Brasil.
- A região de Rio Claro e a Floresta Estadual: ocupação ao longo do tempo e suas transformações.
- A localização da área urbana e dos cursos d´água.
- A infra-estrutura urbana: onde tem e quanto tem? Todos têm?
- As áreas verdes e sua importância para o equilíbrio ambiental.
- Espécies vegetais e fauna nativa.
- Rio Claro e a Floresta: o que os números revelam.
- O ambiente percebido pelos sentidos (audição, tato, visão e olfato): expressão oral, escrita (textos descritivos e narrativos, jornal e slogans) e simbólica.
- Construção de modelos tridimensionais (maquetes) para visualizar a área com suas características e localizar os problemas identificados em trabalho de campo.
- Caracterização dos diferentes ambientes (cidade e floresta) na busca de generalizações.
METODOLOGIA
Uma das estratégias adotadas é o trabalho de campo, ou seja, colocar os alunos em contato com o objeto de estudo. O trabalho se inicia pela organização de um roteiro de estudo a ser utilizado pelas diferentes disciplinas, a critério e necessidade dos professores. Para esse roteiro são utilizados diferentes materiais, sendo o principal deles o Atlas Histórico, Geográfico e Ambiental de Rio Claro, produzido pela Unesp, que existe na escola em número suficiente para os alunos da turma.
Em seguida, o trabalho de sala de aula contemplará atividades de ensino das mais diversificadas, com produção de mapas, pesquisa na Internet (site da Floresta Estadual e da cidade de Rio Claro) e na biblioteca da escola (jornais da cidade, folders da Floresta, enciclopédia Barsa, livros de Geografia, História, Ciências, entre outros) entrevistas e construção de gráficos. O trabalho de campo acontecerá para uma turma de cada vez. Cada aluno receberá uma prancheta de trabalho, para fazer as anotações e observações solicitadas no roteiro.
O produto dessas observações alimentará as discussões em sala de aula, que serão sintetizadas na produção de textos e na elaboração de jornais e painéis.
Na disciplina de Matemática, as informações constantes no roteiro de estudo serão utilizadas para trabalhar com cálculos e para ensinar medidas de área.
AVALIAÇÃO
A aprendizagem dos alunos será verificada pelas produções em sala de aula e em diferentes momentos do trabalho de campo, que devem se manifestar em posicionamentos críticos diante da realidade observada e a capacidade de propor soluções para os problemas levantados.
Outro resultado desse trabalho deverá ser a compreensão de que as transformações são historicamente construídas pela sociedade e que todos temos participação direta ou indireta no que acontece a nossa volta.
A terceira apropriação a ser feita pelos alunos durante as atividades é a de que os conteúdos curriculares se complementam e se auxiliam, permitindo um avanço no sentido do conhecimento em rede.
“CIDADE E FLORESTA: UMA RELAÇÃO DELICADA”
JUSTIFICATIVA
Localizada na interface da zona urbana com a Floresta Estadual “Edmundo Navarro de Andrade”, a E.E. Profª.Heloisa Lemenhe Marasca tem presenciado as grandes transformações espaciais ocorridas na última década e que, pela interferência no equilíbrio ambiental, resultam em problemas para a cidade e para floresta.
Essa extensa área verde sofreu invasão devido à ocupação irregular para a construção de casas populares, numa área que fica próxima à escola e que é local de moradia de uma parcela dos alunos que a freqüentam. A ocupação sem planejamento provocou a degradação de uma área de nascentes que alimenta um importante córrego. Atualmente, a área se encontra poluída por esgoto e pelo depósito clandestino de lixo e, com a retirada da mata ciliar, o curso d’água está assoreado.
A área de floresta que foi retirada e deu lugar às moradias se encontra à montante dos córregos que alimentam a represa localizada na sede da Floresta (antigo Horto Florestal). Uma das conseqüências é a ampliação dos processos erosivos que provocam o assoreamento da represa e o comprometimento da vida nela existente.
Esses são exemplos de aspectos que, por fazerem parte do espaço próximo do aluno, ao serem discutidos na escola, levam o aluno a compreender conceitos, analisar dados e fatos, que, uma vez assimilados podem resultar na construção de um conhecimento aplicável na compreensão e análise de outras situações que envolvam aspectos ambientais de mesma natureza (generalização).
Considerando, ainda, que aprender exige a interação do sujeito com o objeto de conhecimento; que os conhecimentos necessários para uma aprendizagem efetiva devem ser colocados para os alunos de forma significativa e que, ao aprender, o aluno deve se apropriar do conhecimento como forma de perceber e de interferir na realidade, buscando soluções para os problemas que o afetam e que afetam sua comunidade, o projeto se desenvolverá dentro de uma visão interdisciplinar, quando as ferramentas de uma área eram utilizadas por outra para construir um novo conhecimento, e multidisciplinar, pela integração das disciplinas em torno de conteúdos e métodos, entre os quais o trabalho de campo.
OBJETIVOS
O projeto tem como objetivo central estudar e compreender os problemas ambientais urbanos e sua relação com a destruição de áreas verdes e de mananciais. Ao lado desse objetivo principal, colocam-se outros com vistas à articulação do trabalho interdisciplinar:
- o estudo da história da cidade e da implantação da área da Floresta, que se “mistura” à história da ferrovia e ao desenvolvimento da cafeicultura na região de Rio Claro e, conseqüentemente, ao processo de crescimento urbano e de transformações ambientais importantes;
- a compreensão de como se dá o equilíbrio da vida no ambiente das florestas e como ele é afetado pelas mudanças provocadas pelo homem, em busca de satisfazer suas necessidades que nem sempre são vitais;
- desenvolver a percepção dos alunos e a habilidade de traduzir sensações e impressões, resultantes da observação da realidade, por meio da oralidade, da escrita e do desenho.
CONTEÚDOS CURRICULARES E TEMÁTICAS DE ESTUDO
- Os habitantes do Brasil da colônia, império e república: quem se beneficiou do progresso e quem ficou à margem?
- O meio ambiente e a degradação ao longo do tempo em função das atividades desenvolvidas nos diferentes ciclos econômicos da história do Brasil.
- A região de Rio Claro e a Floresta Estadual: ocupação ao longo do tempo e suas transformações.
- A localização da área urbana e dos cursos d´água.
- A infra-estrutura urbana: onde tem e quanto tem? Todos têm?
- As áreas verdes e sua importância para o equilíbrio ambiental.
- Espécies vegetais e fauna nativa.
- Rio Claro e a Floresta: o que os números revelam.
- O ambiente percebido pelos sentidos (audição, tato, visão e olfato): expressão oral, escrita (textos descritivos e narrativos, jornal e slogans) e simbólica.
- Construção de modelos tridimensionais (maquetes) para visualizar a área com suas características e localizar os problemas identificados em trabalho de campo.
- Caracterização dos diferentes ambientes (cidade e floresta) na busca de generalizações.
METODOLOGIA
Uma das estratégias adotadas é o trabalho de campo, ou seja, colocar os alunos em contato com o objeto de estudo. O trabalho se inicia pela organização de um roteiro de estudo a ser utilizado pelas diferentes disciplinas, a critério e necessidade dos professores. Para esse roteiro são utilizados diferentes materiais, sendo o principal deles o Atlas Histórico, Geográfico e Ambiental de Rio Claro, produzido pela Unesp, que existe na escola em número suficiente para os alunos da turma.
Em seguida, o trabalho de sala de aula contemplará atividades de ensino das mais diversificadas, com produção de mapas, pesquisa na Internet (site da Floresta Estadual e da cidade de Rio Claro) e na biblioteca da escola (jornais da cidade, folders da Floresta, enciclopédia Barsa, livros de Geografia, História, Ciências, entre outros) entrevistas e construção de gráficos. O trabalho de campo acontecerá para uma turma de cada vez. Cada aluno receberá uma prancheta de trabalho, para fazer as anotações e observações solicitadas no roteiro.
O produto dessas observações alimentará as discussões em sala de aula, que serão sintetizadas na produção de textos e na elaboração de jornais e painéis.
Na disciplina de Matemática, as informações constantes no roteiro de estudo serão utilizadas para trabalhar com cálculos e para ensinar medidas de área.
AVALIAÇÃO
A aprendizagem dos alunos será verificada pelas produções em sala de aula e em diferentes momentos do trabalho de campo, que devem se manifestar em posicionamentos críticos diante da realidade observada e a capacidade de propor soluções para os problemas levantados.
Outro resultado desse trabalho deverá ser a compreensão de que as transformações são historicamente construídas pela sociedade e que todos temos participação direta ou indireta no que acontece a nossa volta.
A terceira apropriação a ser feita pelos alunos durante as atividades é a de que os conteúdos curriculares se complementam e se auxiliam, permitindo um avanço no sentido do conhecimento em rede.
2 comentários:
Este foi um dos melhores projetos que a nossa escola já desenvolveu!
Gostei muito de participar desse projeto em 2007 e tenho certeza que os alunos também. Ele envolve várias áreas do conhecimento de forma prática e não pode ficar esquecido.
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