Neste mês vamos intensificar as ações de recuperação da aprendizagem, acompanhadas de algumas outras medidas para minimizar os desajustes provocados pela indisciplina.
Eliminá-la? Quem tiver uma receita mágica, venha correndo nos contar.
Nesse mundo maluco em que nossas crianças e adolescentes estão crescendo e aprendendo, penso que será muito difícil trabalhar com a mesma didática, com os mesmos recursos e procedimentos que balizaram o trabalho dos nossos mestres e até mesmo os nossos há cinco anos atrás.
Está difícil encontrar um caminho para atender à necessidade de disciplina em sala de aula, um princípio básico do contrato pedagógico, em meio ao caos da comunicação que enfrentamos com nossos jovens.
Eles estão imersos num mundo que é todo comunicação, barulho, palavras escritas, ditas, simbolizadas, mas que parecem não fazer sentido, não os humanizam como deveria ser, já que é esta faculdade - a da comunicação - que nos distingue das demais espécies.
Entretanto, recuso-me a ir por outro caminho. Se concordasse com o abandono do diálogo, para dar lugar ao endurecimento e à intolerência, seria como negar minha própria humanidade; seria como abandonar os princípios e valores que aprendi com meus pais e meus mestres, a quem prezo tanto.
Se estamos todos de acordo que queremos uma escola que se preocupa mais com a formação, do que com a informação; que quer formar cidadãos e não apenas trabalhadores especializados; que pretende servir à comunidade e aos seus anseios e não apenas abrir vagas e expedir certificados, vamos apostar em nossa capacidade criativa, em nossa habilidade para abrir trilhas e tentar novas possibilidades. Enfim, fazer o nosso próprio projeto pedagógico.
O currículo formal? Daremos conta, pois somos especialistas.
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